terça-feira, 28 de agosto de 2012

 Folclore brasileiro
Mula sem cabeça


Quando ouvir um relincho alto e um gemido,
um barulho de cascos de ferro a galopar,
saiba que sou eu, a Mula sem cabeça .
Sou uma moça que em mula se transforma,
na noite de quinta-feira, ainda mais se é Lua cheia.

Fiquei assim por ser a mulher do padre.
E antes de virar mula dizem que eu não era feia.
Solto fogo e de longe se ouvem os meus relinchos  estridentes.
Os meus cascos são de ferro ou de prata.
Galopo a noite toda e eles são bem resistentes.

Para me desencantar precisa ser corajoso.
Tem de me espetar até meu sangue pingar.
Um outro jeito é tirar o meu cabresto.
Se isso acontecer, viro mulher e começo a chorar.
Enquanto ninguém desfaz o meu feitiço,
continuo sem cabeça pela noite a assustar.

                                                 imagem :  mortesubita.org
                                                 Folclore em Contos e Cantos
Folclore brasileiro
Curupira

Eu vim lá da floresta para me apresentar. Meu nome é Curupira.
Viver na mata é o meu destino.
Sou um índio pequeno, mas muito forte.
Tenho cabelos vermelhos e corpo de menino.

Meus calcanhares são para frente e meus pés, para trás.
Deixo pegadas ao contrário que enganam muita gente.
As vezes me confundes com o caipora.
Ele tem os pés normais, mas em mim é diferente.

Tomar conta de toda a mata é a minha missão.
Cuido dos bichos e brigo com quem caça por maldade.
Faço os caçadores se perderem no caminho
E se for preciso, ataco sem piedade.

Das plantas e das árvores também sou protetor.                               
Cuido delas com carinho e de todas sou camarada.
Se ameaçar uma tempestade, fico atento
Examino com cuidado se resistem à chuvarada.

Gosto de ganhar presentes de quem entra na mata.
Flecha, fumo ou comida para mim podem deixar.
Já me apresentei é hora de voltar.
Vou embora, mas deixo uma cantiga da nossa cultura popular.

                                                     Folclore em Contos e Cantos
O Cravo brigou com a Rosa

O Cravo brigou com a Rosa
Debaixo de uma sacada
O Cravo saiu ferido
E  a Rosa, despedaçada.

O Cravo ficou doente,
A Rosa foi visitar.
O Cravo teve um desmaio,
A Rosa pôs-se a chorar.

Advinha

O que é, o que é?
* Caminha sem pés, voa sem asas e pousa onde quer?
*Quanto mais cresce, menos se vê?
*Anda deitado e dorme em pé?

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